Início > Notícias do Consulado
A Voz da China na Crise Da Ucrânia
2022-04-28 23:09

A crise na Ucrânia tem tocado os nervos do mundo. Alguns amigos brasileiros se preocupam com a voz da China na questão.

É tradição cultural histórica da China manter a paz e se opor à guerra, bem como a política externa constante. No início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a China apelou às partes envolvidas para resolverem a questão através das negociações de paz, e tem contribuído para acalmar a situação e realizar cessar-fogo o mais rápido possível, evitando assim uma crise humanitária. Logo no segundo dia do conflito, o Presidente da China, Xi Jinping, teve uma conversa telefónica a convite do Presidente russo Vladimir Putin, e comunicou-se sucessivamente com os líderes da França, Alemanha, Estados Unidos, União Européia etc., afirmando claramente que, a posição da China sobre a questão é constante e esclarecida. A China sempre está do lado da paz, julga as questões independentemente de acordo com o que é certo e errado para cada assunto, advoga em defesa das leis internacionais e as normas básicas universalmente reconhecidas das relações internacionais, persiste em tomar ações de acordo com os propósitos e princípios da Carta da ONU, e defende o conceito de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável. O Presidente da China propôs ainda 4 sugestões na resolução da crise, nomeadamente promover conversações de paz, prevenir crise humanitária em maior escala, construir paz duradoura na Europa e no continente euro-asiático, e impedir que o conflito regional se amplie.

Sendo construtora da paz mundial, a China tem desempenhado ativamente o papel mediador na crise ucraniana. No entanto, houveram alguns ruídos, acusando a China e até a difamando. Nesse caso, a China tem de esclarecer as verdades a fim de garantir uma correta compreensão dos fatos.

1. A China teve conhecimento prévio das operações militares da Rússia e consentiu com estas? Falso!

O alegado conhecimento prévio, consentimento e conivência da China são todas informações completamente falsas, com intuito de se eximir da culpa e difamar a China. A China é o maior parceiro comercial da Rússia e da Ucrânia. Há mais de 6.000 chineses que vivem ou estudam na Ucrânia. O conflito Rússia-Ucrânia não beneficiará em nada a China. É impossível para a China não dissuadir a Rússia conscientemente. Desde o conflito, a China tem apelado à comunidade internacional para se concentrar na promoção de negociações de paz e na prevenção de crises humanitárias em larga escala, e tem feito grandes esforços para este fim, o que é obviamente contrário às inverdades acima mencionadas.

2. A Rússia pediu à China assistência militar? Falso!

Tanto a China quanto a Rússia fizeram esclarecimentos. A Rússia não pediu assistência militar à China, enquanto a China não forneceu nenhuma de suas armas e munições à Rússia ou qualquer parte. Pelo contrário, a China auxiliou por duas vezes assistência humanitária de emergência à ucrânia e enviou subsistências de emergência para o povo ucraniano, como alimentos, remédios, sacos de dormir e leite em pó, fazendo esforços para aliviar a situação humanitária na Ucrânia e lidar com uma possível crise humanitária em grande escala. Na questão da Ucrânia, a China não busca interesse próprio geopolítico nenhum, não é apática ou indiferente ao infortúnio, e não fará coisas que "adicionem combustível ao fogo". Há apenas um objetivo pelo qual sinceramente ansiamos, e esse é a paz.

3. A China ajudou a Rússia a evitar sanções ocidentais? Falso!

Por um lado, as sanções nunca foram uma maneira eficaz de resolver problemas, e é prática constante da China se opor a sanções econômicas unilaterais. A questão atual não é que quem quer ajudar a Rússia para contornar as sanções, mas que as trocas econômicas e comerciais normais entre países como a China e a Rússia foram desnecessariamente prejudicadas. A Rússia é um importante vizinho da China, e os dois estados soberanos têm o direito de realizar intercâmbios econômicos normais com base nas leis internacionais. Por outro lado, no contexto da necessidade urgente de recuperação da economia global na época pós-pandemia, a escalada das sanções trará um caos maior e mais grave ao mercado de capitais internacionais e à cadeia de fornecimento mundial, prejudicando a subsistência dos povos de todos os países, o que a China não quer ver.

Afortunadamente, a voz da China na crise conseguiu eco possitivo no mundo. Por exemplo, a recente Reunião de Sherpas do BRICS esclareceu a sua posição comum, que é suportar o multilateralismo, respeitar as preocupações legítimas de segurança de todos os países, apoiar o diálogo e a negociação contínua entre a Rússia e a Ucrânia, prestar atenção específica ao grave impacto das sanções unilaterais na economia mundial, e apelar para atribuir grande importância às preocupações dos países em desenvolvimento e as resolver.

Por último enfatizar que, os povos da Rússia e da Ucrânia são ambos amigos do povo chinês. Esperamos sinceramente que encontrem uma solução pacífica para o conflito o mais cedo possível. Apelamos também a todas as partes interessadas para seguirem a orientação da negociação pacífica até se chegar a um cessar-fogo e à paz. Ao mesmo tempo, condenamos veementemente aqueles escondidos que causaram e agravaram o conflito. A China continuará a trabalhar com a comunidade internacional, de acordo com os desejos das partes interessadas e levando em consideração as necessidades da evolução da situação, para desempenhar um papel construtivo na promoção de negociações de paz e salvaguardar praticamente a paz e a estabilidade mundiais.


Suggest to a friend:   
Print